Acordo com troika é "doloroso" mas país vai recuperar

O Presidente de Chipre, Nicos Anastasiades, considerou hoje num discurso ao país transmitido em direto pela televisão que o acordo de resgate é "doloroso" mas garantiu que a ilha vai recuperar.
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Foram adotadas "decisões dolorosas para salvar o país da bancarrota", assegurou, antes de manifestar a convicção que a ilha do Mediterrâneo oriental "vai encontrar o seu rumo".

O Presidente conservador especificou que as prolongadas negociações com os credores internacionais foram "uma tarefa extremamente difícil e com um único objetivo, garantir a salvação do nosso país através da consolidação e reestruturação do nosso sistema bancário".

"Foram horas muito difíceis, e por vezes ocorreram momentos dramáticos (...) Chipre estava à beira do colapso económico. As nossas escolhas não foram fáceis e o ambiente não era o ideal", disse Anastasiades.

Na madrugada de domingo para segunda-feira, após longas horas de negociações, os ministros das Finanças do Eurogrupo anunciaram um acordo com o Presidente cipriota para a aplicação de um plano de resgate no país, confrontado com uma grave crise económica e financeira.

Para além de uma ampla reestruturação do setor bancário, com pesadas consequências para os dois principais bancos, as autoridades cipriotas vão assinar nas próximas semanas com a 'troika' (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) um protocolo de acordo que prevê reformas estruturais, privatizações e um aumento do imposto sobre as empresas, de 10% para 12,5%.

Entre os esforços exigidos a Chipre inclui-se ainda o combate ao branqueamento de dinheiro, em função de uma auditoria que será efetuada em breve.

Em troca, será fornecida uma ajuda de 10 mil milhões de euros, provenientes sobretudo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), mas ainda com uma contribuição do Fundo Monetário Internacional (FMI) que permanece por determinar.

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